Mesmo sabendo que iria dar errado, fui lá e fiz!

“Eu sabia que não ia dar certo!

Por que você me deixou fazer isso?

Eu sei que estou querendo tirar a responsabilidade de mim.

Mesmo sabendo que iria dar errado, fui lá e fiz!”

Essa foi a sequência de frases que uma cliente expressou (entre chateada e indignada), que sabia que não devia fazer algo e, mesmo assim, o fez! Este é o quarto texto da série “Caiu uma ficha”, baseada nos insights desta querida cliente.

Quando ela expressou a frase “Mesmo sabendo que iria dar errado, fui lá e fiz!”, se deu conta de repetidas situações onde não conseguiu “parar” um comportamento, que já percebia como prejudicial.

Essa tomada de consciência poderá propiciar motivação e força, para que ela faça novas escolhas e aprendizados.

Perceba que esta é a uma das belezas do processo de desenvolvimento! Nós somos capazes de aprender com as más escolhas para evoluirmos e desfrutarmos do nosso Eu atualizado. O processo de aprendizado, de mudança, tem um tempo próprio, único, que não pode ser comparado com o tempo de desenvolvimentos anteriores nem com o tempo evolutivo de outras pessoas.

Infelizmente temos a tendência de nos chicotearmos quando nos damos conta que poderíamos ter evitado algo que julgamos ruim para nós e para quem amamos. Pensamentos autodestrutivos e desqualificadores evocam uma sensação perigosa de fracasso e de desesperança. É comum surgirem questionamentos como: “Mesmo sabendo de tudo isso, será que vou continuar agindo assim? Vou dar conta de parar de me machucar? Um dia conseguirei sair deste padrão de comportamento danoso?”

Quero contar que já acompanhei muitas pessoas em seus processos terapêuticos e que esta sensação de “beco sem saída” é importante para assentar os aprendizados e escolher prosseguir no caminho da mudança. Diante de cada tomada de consciência, de cada “ficha que cai”, podemos nos conectar com a nossa essência amorosa e nossa força pessoal. Todos nós temos a capacidade de pensar e agir saudavelmente e com autonomia, fazendo novas e ótimas escolhas, construindo novos caminhos e relacionamentos. Cada um tem seu próprio tempo e eu o convido a respeitar o seu tempo, o seu processo, a sua evolução.

Se por um lado é frustrante descobrir que não há uma mágica a ser feita e que é uma ilusão esperar que alguém de fora resolva as nossas dificuldades, por outro lado é libertador e fortalecedor aprender com as próprias experiencias, apropriando-se da vida que recebemos. Isso ninguém nos tira e nos enriquece como seres humanos.

Se esta reflexão fez sentido para você, sugiro que entre no blog no site para ler todos os insights que surgiram no processo de transformação da minha cliente. Felizes com o aprendizado, nós duas decidimos compartilhar a beleza do processo de autoconhecimento com quem possa se inspirar!