top of page

Setembro Amarelo

  • 15 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

O Setembro Amarelo é dedicado a estimular as conversas sobre suicídio e sua prevenção, sobre reconhecimento dos sintomas e necessidade de tratamento. E estou bem reflexiva sobre tabus e aspectos de negação, que envolvem essa questão.


Uma desqualificação (desconsideração) do que está realmente acontecendo e da gravidade das situações de risco.

ree

Já ouvi muitas vezes: “não pensei que era tão sério”, “não sabia que corria risco”, “se eu soubesse que era tão grave eu teria ajudado”…


Reflexões as vezes acompanhadas de culpa, e autopunição.


Uma das maneiras de quebrarmos esse ciclo, é buscarmos informações sólidas, e conhecer os caminhos e possibilidades de tratamento.


Sim, o suicídio é um problema de saúde pública e necessita de políticas de prevenção. É importante abordar o assunto de forma consciente, responsável, com informações sólidas.

A romantização ou as explicações simplistas, a ideia de que a pessoa encontra a paz, entre outras, devem ser evitadas.


O sofrimento psíquico ainda “visto” por muitas pessoas como “fraqueza”, “falta do que fazer”, “acomodação”, “mimimi”, “drama”, “pouca vergonha”, e muitos outros absurdos.

A verdade é que nenhum de nós sabe o peso e a dor da história da outra pessoa. Negar a dor do outro parece um caminho mais fácil para não lidar com o sofrimento do outro, e provavelmente, com o nosso próprio sentimento.


Quando uma pessoa apresenta ideação suicida, e pede ajuda, OUÇA! E busque a ajuda profissional necessária. E se você é familiar de alguém que está em crise, busque uma ajuda para você também, para que você possa cuidar dos seus sentimentos, e se fortalecer para enfrentarem juntos essa situação.


A prevenção ao suicídio precisa estar presente em cada um de nós. Por isso, o convido a estar aberto para olhar para os comportamentos disfuncionais e de risco, que muitas vezes não são entendidos como deveriam. O mais fácil é não concordar com o comportamento do outro e criticá-lo. O que muitos julgam um comportamento inadequado pode ser um pedido indireto de ajuda, como a agressividade, o isolamento, a inquietação, o uso de substâncias tóxicas, compartilhar os pensamentos autodepreciativos em público, a perda do entusiasmo e da esperança, a irritação, procrastinação, a falta de sono e seus efeitos, a direção perigosa de veículo, entre outros tantos sinais. Também podem ser ouvidas frases do tipo: "não aguento mais", "queria dormir e não acordar", "tenho vontade de desaparecer".


Fique atento! Se alguém fala diretamente para você que está sofrendo, sem esperança, se sentindo um peso, querendo sumir, desaparecer, dormir e não acordar - que bom que o seu ombro amigo está ali para ouvi-lo, apoiá-lo e acolhê-lo. Lembre-se: encaminhar para profissionais da área de saúde mental é fundamental para a ajuda da pessoa em sofrimento.

Esse é outro tabu que precisamos quebrar: não é vergonhoso precisar de ajuda e se tratar. Não é vergonhoso para a família e nem sinal de fraqueza. Buscar e aceitar um tratamento é sinal de saúde mental e emocional.

 
 
 

Comentários


whatsapp-logo-2020-01.png
bottom of page